Foi num destes dias, que a malta do Calha realizou o convívio de Natal 2010 transformando um noite fria e gélida num momento Natalício de alegria, paz, amizade, terror, pânico e finalmente uma sensação de plenitude que nos levará até 2011 com um espírito de solidariedade pelos outros, principalmente pelos que sofrem e sentem uma sensação de incapacidade de mudar e alterar a conjuntura das coisas fugindo-lhes o chão por debaixo dos pés... Já vão perceber mais à frente o porquê desta introdução, e de que forma conseguimos levar paz a espíritos mais inquietos, dando-lhes a autoconfiança de que tanto precisam...
A noite começou como manda a tradição com um repasto Natalício bem regado e abastado num restaurante nortenho com a qualidade desejável, tendo este já conquistado duas estrelas do Guia Michelin, um cometa do Mapa Goodyear e recebido no último ano o tão almejado Asteróide Yokohama referente às doçaria da época..... casa de seu nome Jardim, teve a veleidade de confeccionar um repasto à medida dos convivas:
Entrada:
Pão d'Alho à italiana com massa cerâmica
Peixe:
Polvo no forno à Slot.it com batatinhas a murro à Pistador
Carne:
Costeletão de Vitela P4 grelhado em pedra Carrera
Sobremesas:
Rabanadas com pinhões de 12
Tiramisu da "frente que quero passar"
Café e digestivo........
Terminado este "sacrifício" seguimos rumo à meca do Slot cá no Norte tendo já sido enviado um pré-aviso durante a tarde para o Clube da Trofa de que quando encerrassem o Clube e já estivessem a ir para casa teriam uma surpresa de Natal...
Passava já da meia-noite e com temperaturas situadas nos zero graus (o que é bom pois nem está frio, nem está quente...) surge á porta de um club nocturno cujo o nome quererá dizer sempre muita coisa...ETC...uma mala negra, indicadora de mau presságio, tendo o porteiro do referido estabelecimento pensado que iria ser alvo de um ataque bombista, ou terrorista quando afinal era uma mala com carros de pista...(rimou...UIII!!!! que até doeu, o melhor está para vir...)
.....reparem no mau aspecto da mala do Sousa em cima da caixa da EDP do estabelecimento...
O porteiro intimidado com a situação foge da porta e repente... começa a surgir fumo.....
(era o fotógrafo a fumar...)
Dentro do estabelecimento gerava-se a inquietação, não sabiam que objecto estranho era aquele e quais as consequências que dali poderiam advir... Falava-se já num segundo caso "Mea Culpa" (lembram-se em Amarante....), "Será que isto vai arder???", ou "Onde é a porta de emergência???" ou alguém já dizia "Eu sempre disse que este bar devia ter uma porta de ligação ao Clube..."
À entrada do bar, um cliente de seu nome José Portela, deita as mãos à cabeça e diz..."UIIIII!!!!! Vai ser o fim do mundo..."
José Portela com taquicardia dada a situação....
Entretanto no exterior do bar três indivíduos suspeitos e de aspecto duvidoso aproximam-se do edifício mas fora de um perímetro de segurança em caso de explosão o que alertou ainda mais os clientes do bar estando já a gerência a ponderar chamar a Brigada de Minas e Armadilhas da Polícia Judiciária e ficando o interior do bar num ambiente insustentável.... Numa manobra de diversão, alguém compra as flores todas a um indiano que estava no bar e dá indicações para as distribuir a todas as meninas, donzelas, senhoras e MILF's que estavam presentes.... As suspeitas aumentaram pois, de mala à porta, com três transeuntes mal encarados no exterior, um indivído de traço indiano ou paquistanês a distribuir flores pelos presentes e com o porteiro/segurança desaparecido....o pensamento generalizou-se...."vai acontecer qualquer coisa..."
Três suspeitos concentrados à porta do estabelecimento...
Até que o Sousa entrou, anunciou-nos e disse e voz alta: "SOMOS NÓS!!!!!" e vejam a cara de alegria e de alívio com que todos ficaram.... "Estava a ver que não chegavamos ao Natal!!!" disse o Ruben, "Eu já só pensava que íamos morrer todos....." acrescentou o Adolfo, com ar de satisfação e de quem lhe tinham tirado um peso enorme de cima da cabeça.....
O alívio pós-stress de uma situação imprevista...
A situação normalizou-se, apareceu o Pedro todo sorridente a dizer "Já posso ir namorar...", Sousa pega na mala e Ruben informa a Joana (assessora da gerência) de que "Está tudo bem, não há problema, é só a mala do Sousa...., já resolvi o problema..." e pensava para os seus botões "Amanhã vou contar à Senhora Doutora Presidente que se não fosse eu tinha rebentado uma bomba na Trofa...."
Ruben tranquilizando os presentes e informando a gerência...
(recomendamos as amarguinhas com sumo de limão feitas pela Joana)
Bom, feita a introdução e as apresentações que poderiamos fazer quase à 1.30 h da manhã, na Trofa, com zero graus, depois de um susto destes???? Claro, gatilhar e vai daí segue tudo para o clube para se iniciar um período de provas que poriam frente a frente o melhores pilotos de slot do país com os melhores convivas de slot do país. Invadimos o Club Slot Car da Trofa e demos início às competições.
Começamos com um pequeno aquecimento para reconhecimento do traçado com o pessoal do clube admirado com os tempos "canhão" que estavamos a realizar....
Repare-se no à-vontade dos pilotos apesar do pouco conhecimento do traçado...
Dados os andamentos verificados, e posto o desafio de se disputarem duas corridas entre as equipas, lá foi lançado o primeiro piloto da Trofa numa tentativa de acompanhar Alfredo Carvalho...resultado, o Pedro só lhe via a traseira e numa tentativa de também não ficar mal entre os colegas, lá foi dando desculpas de que "o carro não está bom...", ou "está com a frente muito solta..." e Alfredo lá ía passeando com o seu Ford P68 sem sentir a pressão do adversário.
Era visível no rosto dos pilotos quem estava descontraído e quem estava concentrado...
O que até aqui era uma brincadeira entre amigos, começou a notar-se um ambiente competitivo do tipo "estes tipos não vêm a nossa casa para nos deixarem ficar mal..."
Vai daí, é lançado o "ás de trunfo" numa estratégia de "se este não os acompanhar dizemos-lhes que estamos com sono e vamos todos dormir..."
A concentração era tanta que nem os olhos abria....
Para gáudio dos convivas, os tempos por volta caíam enquanto se gatilhava ao telemóvel...
A situação aquecia e face ao desafio que foi lançado, o Director de Prova credenciado pela FIA, Dr. José Portela deu início ao briefing com todos os pilotos numa tentativa de acalmar os ânimos e de que as provas deveriam correr dentro do fair play habitual, não devendo ser tiradas bananas durante a prova, pistagens com verificação de patilhões e principalmente não meter a mão debaixo da ponte numa tentativa de contagem de voltas a mais do que as realmente dadas. O Director foi peremptório nos conselhos que deu a todos os pilotos e estes ouviram religiosamente as suas doutas indicações...
Dr. José Portela durante o briefing captando as atenções dos participantes...
Iniciou-se a primeira prova com carros NSR, jogando nesta prova o Clube da Trofa o seu "ás de trunfo" que entrou com um ímpeto de campeão, mas que rapidamente viu as suas expectativas saírem furadas à medida que via os carros do Calha a passar pelo P68 branco e dourado, fosse nas calhas interiores ou exteriores. O resultado foi o esperado e qual o espanto dos presentes quando no final da primeira prova os pilotos Vitor Costa, Miguel Guerreiro e Alfredo Carvalho tiram o pódio da prova relegando para 4º lugar o "ponteiro" Ruben Almeida... As imagens documentam bem os factos e as reacções dos participantes...
Os resultados...
Magnífica ultrapassagem por dentro do carro do Calha
E uma outra por fora, um atêntico concerto de violino encetado pelo carro azul bacia...
As reacções dos pilotos...
Os colegas de equipa aceitando os factos e demonstrando uma atitude desportiva...
Inicou-se então a segunda prova e numa estratégia delineada pela Direcção do Calha e para não estragarmos o Natal a ninguém, levantamos o dedo e de forma discreta permitimos que houvesse uma vitória por parte dos anfitriões, não só pela amizade que temos por eles, mas também pela forma como nos receberam e aceitaram a vitória na primeira prova. De facto sabem andar rápido mas dentro daquilo que os adversários permitem. A ideia não era humilhar ninguém, mas sim proporcionar um convívio entre amigos. Registamos as imagens para memória futura e vejam o que aconteceu...
Miguel Guerreiro levanta o dedo disfarçadamente....
Alfredo Carvalho levanta o "pé" e diminui a curva de potência do comando
Vitor Costa com a mão esquerda a tapar o gatilho para não se notar o abrandamento...
Frasco Leite, que gatilha com o dedo médio já gatilhava com o indicador...
Ruben Almeida gatilhava com as duas mãos para conseguir alcançar a vitória...
E no final o resultado foi o esperado e por volta das 3.30h o Club Slot Car da Trofa conseguiu a tão esperada vitória e o convívio foi meritório de registo.
A tão esperada vitória...boa Ruben, estiveste bem...
A foto de família já a altas horas da madrugada...
E foi uma noite bem passada entre amigos ficando o desejo de voltar numa próxima oportunidade tendo ficado o convite para uma noite nas pistas do Calha com o pessoal da Trofa. Os nossos agradecimentos ao Dr. José Portela pela forma exemplar como dirigiu a prova (Clube da Trofa sabe organizar provas, como dizem os espanhóis) e terminamos com o desejo de um Santo Natal e um Ano de 2011 próspero e cheio de gatilhadas...
Charles Dickens podia ter escrito assim Contos de Natal......., podia.... mas não era a mesma coisa.....
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